terça-feira, 26 de junho de 2018

Direito à terra: retomada Indígena Kamakã Grayra, Esmeraldas/MG. 2a part...

Direito à terra e a Políticas Públicas específicas - Retomada Indígena Kamakã Grayra /Esmeraldas/MG. 2a parte. 16/6/2018.

Representantes da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) – Coordenação Regional de Minas Gerais e do  Espírito  Santo -, da CPT-MG (Comissão Pastoral da Terra - www.cptmg.org.br ) e do CEDEFES (Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva – www.cedefes.org.br) reuniram-se, no dia 06/6/2018, com lideranças indígenas da Aldeia Kamakã Grayra, em fazenda da FUCAM (Fundação Educacional Caio Martins), no município de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para se inteirarem melhor da atual situação da Aldeia do Povo Kamakã Mongoió, em retomada dessas terras. São 62 famílias que, há um ano e meio, desde 1 de janeiro de 2017, estão na Fazenda Santa Tereza (uma das três propriedades da FUCAM, em Esmeraldas) e, cultivando a Mãe terra e com ela se relacionando, deram função social e humana a um território que estava abandonado há décadas. Hoje, os indígenas em retomada na fazenda Santa Tereza, da FUCAM, se alimentam do que produzem, além de encontrarem ali um espaço e um ambiente próprios à prática dos seus rituais, da vivência da sua espiritualidade e do resgate da sua cultura, das suas tradições. A Rede de Apoio e o Povo Kamakã Mongoió exigem do Governo de Minas Gerais o reconhecimento da legitimidade dessa retomada, com efetivação da Concessão de Uso da terra para essa Comunidade indígena. Exigem ainda que seja garantido ao Povo Kamakã Mongoió o acesso a políticas públicas que lhes garantam melhor qualidade de vida. O justo e ideal seria que aos Povos Indígenas fossem direcionadas políticas públicas específicas, que respeitassem sua cultura, seus hábitos, seu jeito de ser e de viver. Indígenas da Aldeia Kamakã Grayra são vítimas de preconceito até mesmo em escola da FUCAM; lugar que, por ser espaço específico de Educação, deveria atuar na construção de valores humanos, morais, éticos, que defendam e promovam a inclusão e reconheçam o direito fundamental de todo ser humano à dignidade. A ação inversa a esse direito que lhes é negado faz com que muitos abandonem a escola, o que só faz aumentar a desigualdade social e aumentar a distância de acesso a oportunidades que exigem escolaridade. Para a Aldeia Kamakã Grayra, na FUCAM, em Esmeraldas/MG, e para todos os Povos Indígenas, o direito à permanência nas terras que lhes pertencem, de fato, às políticas públicas, à dignidade humana. Nenhum direito a menos.

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT-MG. Esmeraldas, MG, 06-6-2018.

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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Tributo ao Zequinha do MST/MG: José Nunes viverá em nós sempre, na luta!...

Tributo ao Zequinha do MST/MG: José Nunes viverá em nós sempre, na luta! 23/6/2018.

José Nunes, o Zequinha do MST, nasceu no início da década de 1960 e partiu para a vida em plenitude, repentinamente, na noite de 22 de junho de 2018. Zequinha, após luta junto aos companheiros do Sindicato dos Trabalhadores de Águas Formosas, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais, militou no MST de Minas Gerais, desde 1988, participando da Ocupação que se tornou o Assentamento Aruega, em Novo Cruzeiro. Zequinha, militante histórico do MST em MG, deixou um grande legado de luta pela terra.

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sábado, 2 de junho de 2018

Pelo direito à terra, reocupação da Fazenda Canta Galo, em Nova Serrana ...

Reocupação
da Fazenda Canta Galo: Ocupação Nova Jerusalém, em Nova Serrana, MG: pelo
direito de viver e produzir na terra com dignidade. 31/5/2018.

Depois de 3 semanas vivendo
na beira do rio Pará, enfrentando muitas dificuldades, passando por
necessidades diversas, por causa do injusto e covarde despejo da Fazenda Canta
Galo, onde viviam e produziam na terra com dignidade, as famílias do Acampamento
Nova Jerusalém decidiram reocupar a Fazenda. Nesse tempo, na beira do rio Pará,
esperaram por uma manifestação do Governo de Minas Gerais, que não se
posicionou. Além disso, bateu-lhes forte no peito a indignação por verem a área
pública que ocupavam sendo totalmente ocupada por bois e vacas de aliados de
Prefeitos da região, envolvidos no Consórcio Intermunicipal de Aterro
Sanitário, que foi o argumento usado para o despejo. No dia 25/5/2018, as
famílias reocuparam a Fazenda Canta Galo e já estão se reorganizando como
Comunidade, vivendo em suas casas ou no que restou delas, já que depois do
despejo muitas foram arrombadas e outras foram praticamente demolidas, e já se
dedicam também ao plantio da terra. As famílias estão determinadas a lutar pelo
direito a essa terra, onde construíram suas moradias e vivem há 6 anos,
desenvolvendo Agricultura Familiar que gera renda e lhes garante vida digna.
Essa luta tem o apoio de muita gente de bem. “Pátria Livre! Venceremos!”

*Filmagem de Luciana, da
Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém, na Fazenda Canta Galo, município de Nova
Serrana, MG.
Apoio: Frei Gilvander
Moreira, da CPT, da CEBs e do CEBI.
Edição de Nádia Oliveira, da
Equipe de Comunicação da CPT-MG.

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Povo que luta se liberta: Culto no Acampamento Nova Jerusalém/Nova Serra...

Povo em luta se liberta: culto Ecumênico no Acampamento Nova Jerusalém, em Nova Serrana, MG. 1ª Parte 11/5/2018.

A fé no Deus da Vida que está presente na luta e na vida do povo motivou a reunião das famílias do Acampamento Nova Jerusalém, em Nova Serrana, centro-oeste de MG, para uma Celebração Ecumênica no dia 11/5/2018, presidida por frei Gilvander Moreira, da CPT. As adversidades, as dificuldades e as necessidades por que passam as famílias nesses dias na beira do rio Pará, não lhes tirou a fé e não as fez  desanimar na caminhada, serviu, sim, para lhes fortalecer nessa luta por direitos. Sob a inspiração da encorajadora passagem bíblica em Ex 14,19-26, a Comunidade  manifestou sua fé no Deus Libertador e sua disposição para a luta necessária por sua libertação,  rumo à “Terra Prometida”, que é a terra de onde foram injustamente tirados, na fazenda Canta Galo. Nesse vídeo a primeira parte dessa bonita Celebração Ecumênica.

Obs.: O Governo de Minas prometeu às famílias que lhes daria uma resposta: se autorizaria as famílias retornar para a fazenda Canta Galo ou não. Depois de 3 semanas no Acampamento, sem nenhuma posição do Governo, no dia 24/5/2018, as famílias decidiram reocupar a Fazenda Canta Galo, determinadas a lutar por suas moradias (algumas já demolidas, outras arrombadas) e pela terra, que lhes pertence, por direito.

*Filmagem de Luciana, do Acampamento Nova Jerusalém, em Nova Serrana/MG. Apoio: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT-MG. Nova Serrana/MG, 11/5/2018.

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